Cibercultura Tangível

Por Amanda Grigorio

Toda época é marcada por determinadas características que servem como referência para o desenvolvimento das artes e do design em geral. O futurismo e cores berrantes alternadas com tons pastéis dos anos 50, o boom da pop art, da psicodelia e a rebeldia dos anos 60, o flower power e as ideologias revolucionárias dos anos 70, a controvérsia, os exageros e a pluralidade de tribos urbanas dos anos 80, a elegância e o minimalismo contrapondo-se à despojada moda jovem dos anos 90. Todos esses atributos citados, aliados às tecnologias disponíveis, foram observados em suas épocas em representações físicas do momento cultural em que a sociedade se encontrava.

Cadeira projetada por Verner Panton nos anos 50; Cadeira projetada por Ron Arad nos anos 90

Chegando ao século XXI, observamos a explosão da expansão tecnológica e o nascimento de uma nova mentalidade, guiada pelos valores e possibilidades que ela nos proporciona. Seguindo esta linha de raciocínio, você já parou para pensar no quanto a cibercultura serve hoje como referência para a criação dos produtos que nos rodeiam? Cadeiras, outdoors, acessórios, o que não falta são exemplos da influência da cibercultura.

Cadeiras projetadas por Cristian Zuzunaga na primeira década do século XXI

O universo digital se apresenta no dia-a-dia em uma extensão para o mundo real, saindo das telas dos computadores e se instalando em decorações, objetos e no vestuário das pessoas, transparecendo sua influência sobre a personalidade do indivíduo através de seus pertences pessoais, e da sociedade em geral nos produtos de domínio público, como a publicidade e embalagens de mercadorias feitas para a massa. A cibercultura torna-se, dessa forma, uma nova maneira de comunicar, e não só no sentido de compartilhar informações através da internet, ela vai além e torna-se uma linguagem palpável.

Campanha criada pela Moma Propaganda para anunciar o evento MaxiMídia

Particularmente, acho sensacional quando entro em uma loja e vejo algo que foi claramente projetado para o consumo de pessoas que, como eu, passam grande parte das horas de seu dia conectadas ao mundo virtual. Canecas mustache, pixel art decorativa, colares com pingentes “keep calm and carry on”, acho tudo badalo! Claro que nesse meio também acabam surgindo algumas bizarrices, mas quando é que isso não acontece?




As referências são inúmeras e dos mais variados tipos, e provém não só de alusões visuais à internet, mas também de características gerais da era digital que se refletem no design na pós modernidade, como a flexibilidade, a dinamicidade e a objetividade, por exemplo. Basta escolher o que mais lhe agrada e usar à vontade!

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Amanda Grigorio

Amanda Grigorio

Amanda Grigorio, 19 anos, estuda Design na UTFPR, adora moda e como se pode ler a história da sociedade através dela

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Por Amanda Grigorio

Toda época é marcada por determinadas características que servem como referência para o desenvolvimento das artes e do design em geral. O futurismo e cores berrantes alternadas com tons pastéis dos anos 50, o boom da pop art, da psicodelia e a rebeldia dos anos 60, o flower power e as ideologias revolucionárias dos anos 70, a controvérsia, os exageros e a pluralidade de tribos urbanas dos anos 80, a elegância e o minimalismo contrapondo-se à despojada moda jovem dos anos 90. Todos esses atributos citados, aliados às tecnologias disponíveis, foram observados em suas épocas em representações físicas do momento cultural em que a sociedade se encontrava.

Cadeira projetada por Verner Panton nos anos 50; Cadeira projetada por Ron Arad nos anos 90

Chegando ao século XXI, observamos a explosão da expansão tecnológica e o nascimento de uma nova mentalidade, guiada pelos valores e possibilidades que ela nos proporciona. Seguindo esta linha de raciocínio, você já parou para pensar no quanto a cibercultura serve hoje como referência para a criação dos produtos que nos rodeiam? Cadeiras, outdoors, acessórios, o que não falta são exemplos da influência da cibercultura.

Cadeiras projetadas por Cristian Zuzunaga na primeira década do século XXI

O universo digital se apresenta no dia-a-dia em uma extensão para o mundo real, saindo das telas dos computadores e se instalando em decorações, objetos e no vestuário das pessoas, transparecendo sua influência sobre a personalidade do indivíduo através de seus pertences pessoais, e da sociedade em geral nos produtos de domínio público, como a publicidade e embalagens de mercadorias feitas para a massa. A cibercultura torna-se, dessa forma, uma nova maneira de comunicar, e não só no sentido de compartilhar informações através da internet, ela vai além e torna-se uma linguagem palpável.

Campanha criada pela Moma Propaganda para anunciar o evento MaxiMídia

Particularmente, acho sensacional quando entro em uma loja e vejo algo que foi claramente projetado para o consumo de pessoas que, como eu, passam grande parte das horas de seu dia conectadas ao mundo virtual. Canecas mustache, pixel art decorativa, colares com pingentes “keep calm and carry on”, acho tudo badalo! Claro que nesse meio também acabam surgindo algumas bizarrices, mas quando é que isso não acontece?




As referências são inúmeras e dos mais variados tipos, e provém não só de alusões visuais à internet, mas também de características gerais da era digital que se refletem no design na pós modernidade, como a flexibilidade, a dinamicidade e a objetividade, por exemplo. Basta escolher o que mais lhe agrada e usar à vontade!

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