O design e a cultura digital

Por CORDe Conteúdo

A cadeira em que você se senta, o jornal que você lê, a interface visual da página da internet, a pop-up que abre. Recebemos diariamente diversas formas de design e diversas formas de consumo. Para falarmos de consumo precisamos compreender que não se trata somente de poder de compra, mas também em classe, indivíduo consumidor, hábito de consumo, descarte e informação. Não queremos abordar o ato de compra, e sim toda a atmosfera que move, atualmente, a sociedade e como o designer interfere neste meio.

Em uma parte estratégica da sociedade, o designer atua como intermediador de todas as ações cotidianas entre indivíduo e objeto. Deixando as interfaces não somente atrativas como também mais fáceis e, porquê não, divertidas de serem acessadas.

Homenagem ao 139º aniversário de Santos Dumont, feito pelo Google.

Estudos de ergonomia e pscicologia nas grades curriculares de design vem mostrar que – ao contrário do que é difundido pela mídia e na banalização do termo “design – o designer agrega não unicamente valores estéticos ao seu produto, mas também puramente projetuais, envolvendo o conhecimento do público alvo e consequentemente uma produção voltada para seus anseios e desejos e sua interação bem sucedida com o produto.

Esse profissional tem, portanto, influência direta no consumo, não simplesmente enquanto ato de compra, e sim em toda a atmosfera que move, atualmente, a sociedade. E englobada nessa atmosfera, a informação é entendida também como uma forma de consumo, uma vez que a cybercultura – cultura digital – é vista como a própria cultura contemporânea.

O designer, ao mesmo tempo que atua na interface e faz a ponte entre o meio digital e o usuário, é também o próprio usuário, que se relaciona com o meio e tem os mesmos desejos de um usuário não projetista. Portanto, assim como artistas estudam as linguagens da arte para produzir e questionar, o designer deve conhecer das diferentes linguagens que pode utilizar para trabalhar com propriedade com sua materia prima principal: a informação.

360frames é uma instalação do artista Aaron Meyers, onde ao mesmo tempo que a tela mostra os 1.000 updates mais recentes, o espectador pode interagir com a obra entrando dentro de um ambiente onde 8 webcans geram um ambiente 360º gerando um gif animado que é diretamente enviado para a obra. Tudo em tempo real.

Agora, como você, designer, entendendo seu papel enquanto profissional, consegue conviver com o diário bombardeio de informações e espetáculo de distrações à ponto de filtrar o que é conhecimento, e o que é desnecessário?

Referências

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Texto criado pelo círculo de conteúdo do R360. Mais uma, de muitas, divagações desse grupo.

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A cadeira em que você se senta, o jornal que você lê, a interface visual da página da internet, a pop-up que abre. Recebemos diariamente diversas formas de design e diversas formas de consumo. Para falarmos de consumo precisamos compreender que não se trata somente de poder de compra, mas também em classe, indivíduo consumidor, hábito de consumo, descarte e informação. Não queremos abordar o ato de compra, e sim toda a atmosfera que move, atualmente, a sociedade e como o designer interfere neste meio.

Em uma parte estratégica da sociedade, o designer atua como intermediador de todas as ações cotidianas entre indivíduo e objeto. Deixando as interfaces não somente atrativas como também mais fáceis e, porquê não, divertidas de serem acessadas.

Homenagem ao 139º aniversário de Santos Dumont, feito pelo Google.

Estudos de ergonomia e pscicologia nas grades curriculares de design vem mostrar que – ao contrário do que é difundido pela mídia e na banalização do termo “design – o designer agrega não unicamente valores estéticos ao seu produto, mas também puramente projetuais, envolvendo o conhecimento do público alvo e consequentemente uma produção voltada para seus anseios e desejos e sua interação bem sucedida com o produto.

Esse profissional tem, portanto, influência direta no consumo, não simplesmente enquanto ato de compra, e sim em toda a atmosfera que move, atualmente, a sociedade. E englobada nessa atmosfera, a informação é entendida também como uma forma de consumo, uma vez que a cybercultura – cultura digital – é vista como a própria cultura contemporânea.

O designer, ao mesmo tempo que atua na interface e faz a ponte entre o meio digital e o usuário, é também o próprio usuário, que se relaciona com o meio e tem os mesmos desejos de um usuário não projetista. Portanto, assim como artistas estudam as linguagens da arte para produzir e questionar, o designer deve conhecer das diferentes linguagens que pode utilizar para trabalhar com propriedade com sua materia prima principal: a informação.

360frames é uma instalação do artista Aaron Meyers, onde ao mesmo tempo que a tela mostra os 1.000 updates mais recentes, o espectador pode interagir com a obra entrando dentro de um ambiente onde 8 webcans geram um ambiente 360º gerando um gif animado que é diretamente enviado para a obra. Tudo em tempo real.

Agora, como você, designer, entendendo seu papel enquanto profissional, consegue conviver com o diário bombardeio de informações e espetáculo de distrações à ponto de filtrar o que é conhecimento, e o que é desnecessário?

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