Rcuritiba360º

Por Georgia Graichen Bueno

Quando me perguntam sobre por que um R design em Curitiba e de onde surgiu a temática do R360, lembro-me do início, onde a idéia central da pré-CORDe era: “um evento para fazer o encontrista pensar”. Tá, mas pensar o que?

Talvez por conta de referências que vários dos membros da pré-CORDe ou por incômodo com a situação atual em que vivemos, sentimentos revolucionários, onde todos tinham (e ainda temos) a vontade incessante de mudança de parâmetros, não sei, mas nesta época começamos a pensar na temática com o viés da contracultura. Lemos, estudamos e discutimos muito, como fazemos até hoje. Até que percebemos que queríamos colocar em discussão as nossas necessidades, queríamos algo mais próximo, algo que vivenciamos diariamente.

Assim, chegamos ao contemporâneo, a linguagem semiótica e criativa, a relação do homem com as mídias de entretenimento moderno, a pós-modernidade e a hipercontemporaneidade, o uso da tecnologia como lifestyle e a quantidade massiva de informação que recebemos hoje. Ao abrirmos um leque de possibilidades, resolvemos “parar para avançar” e para isso nos perguntamos: o que queremos com tudo isso? onde estamos realmente inseridos? para onde queremos ir? E este meio digital apareceu dentro de todos os nossos questionamentos, o excesso de informação trazido pela internet nos colocou indagando com o termo “informação diferente de conhecimento”. E assim a idéia da temática começou a tomar forma.

Para materializar esta temática, que já parecia certa em em nossas discussões, pegamos o conceito de 360º, com estudos de referências como Escher, malha isométrica e o meio digital, colocamos tudo isso exposto para gerar os primeiros rascunhos da logo do evento e em paralelo a isso, aprofundar o nosso tema.

sketch da logo

É importante resaltar que, não queremos dizer o que está certo nem ou que está errado no mundo virtual, e sim, trazer ao encontrista a oportunidade de realizar uma experiência de olhar para o diverso e sair da sua zona de conforto. Para isso, propomos as pessoas que são totalmente conectados e imersos nas redes sociais, parar, damos a opção de experimentar o slow, a vida offline. E também para quem não da conta de toda essa informação que recebe diariamente, ou que apenas não gosta das obrigações do meio tecnológico, pode experimentar o mundo conectado, a possibilidade de fazer tudo ao mesmo tempo. Assim, oferecemos ao encontrista a oportunidade desse momento, que gostamos de chamar de experimentação.

Queremos faze-lo, nem que seja por apenas alguns dias, se expor ao novo, ao diferente, e, com isso que use todas as maravilhas desse meio tecnologico como ferramenta, e não como parte essencial de sua vida. Tornando-se uma pessoa lúcida do meio onde está e para onde quer ir.

Buscamos uma reflexão 360 para um pensamento digital imerso em um meio totalmente real, para isso, começamos aqui uma série de reflexões, estudos e devaneios a respeito do nosso tema. Afim de que todos se aprofundem e aproveitem o evento da melhor forma possível. Espero que gostem, e até o R360!

Georgia Graichen Bueno

Georgia Graichen Bueno

Estudante de design na UTFPR. Apaixonada por teoria, devaneios e críticas sobre design, arte e tecnologia. Admiradora de fotografia, tipografia e da língua francesa. Tem a irritante mania de acordar cedo e fazer patisserie.

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Por Georgia Graichen Bueno

Quando me perguntam sobre por que um R design em Curitiba e de onde surgiu a temática do R360, lembro-me do início, onde a idéia central da pré-CORDe era: “um evento para fazer o encontrista pensar”. Tá, mas pensar o que?

Talvez por conta de referências que vários dos membros da pré-CORDe ou por incômodo com a situação atual em que vivemos, sentimentos revolucionários, onde todos tinham (e ainda temos) a vontade incessante de mudança de parâmetros, não sei, mas nesta época começamos a pensar na temática com o viés da contracultura. Lemos, estudamos e discutimos muito, como fazemos até hoje. Até que percebemos que queríamos colocar em discussão as nossas necessidades, queríamos algo mais próximo, algo que vivenciamos diariamente.

Assim, chegamos ao contemporâneo, a linguagem semiótica e criativa, a relação do homem com as mídias de entretenimento moderno, a pós-modernidade e a hipercontemporaneidade, o uso da tecnologia como lifestyle e a quantidade massiva de informação que recebemos hoje. Ao abrirmos um leque de possibilidades, resolvemos “parar para avançar” e para isso nos perguntamos: o que queremos com tudo isso? onde estamos realmente inseridos? para onde queremos ir? E este meio digital apareceu dentro de todos os nossos questionamentos, o excesso de informação trazido pela internet nos colocou indagando com o termo “informação diferente de conhecimento”. E assim a idéia da temática começou a tomar forma.

Para materializar esta temática, que já parecia certa em em nossas discussões, pegamos o conceito de 360º, com estudos de referências como Escher, malha isométrica e o meio digital, colocamos tudo isso exposto para gerar os primeiros rascunhos da logo do evento e em paralelo a isso, aprofundar o nosso tema.

sketch da logo

É importante resaltar que, não queremos dizer o que está certo nem ou que está errado no mundo virtual, e sim, trazer ao encontrista a oportunidade de realizar uma experiência de olhar para o diverso e sair da sua zona de conforto. Para isso, propomos as pessoas que são totalmente conectados e imersos nas redes sociais, parar, damos a opção de experimentar o slow, a vida offline. E também para quem não da conta de toda essa informação que recebe diariamente, ou que apenas não gosta das obrigações do meio tecnológico, pode experimentar o mundo conectado, a possibilidade de fazer tudo ao mesmo tempo. Assim, oferecemos ao encontrista a oportunidade desse momento, que gostamos de chamar de experimentação.

Queremos faze-lo, nem que seja por apenas alguns dias, se expor ao novo, ao diferente, e, com isso que use todas as maravilhas desse meio tecnologico como ferramenta, e não como parte essencial de sua vida. Tornando-se uma pessoa lúcida do meio onde está e para onde quer ir.

Buscamos uma reflexão 360 para um pensamento digital imerso em um meio totalmente real, para isso, começamos aqui uma série de reflexões, estudos e devaneios a respeito do nosso tema. Afim de que todos se aprofundem e aproveitem o evento da melhor forma possível. Espero que gostem, e até o R360!

Georgia Graichen Bueno

Georgia Graichen Bueno

Estudante de design na UTFPR. Apaixonada por teoria, devaneios e críticas sobre design, arte e tecnologia. Admiradora de fotografia, tipografia e da língua francesa. Tem a irritante mania de acordar cedo e fazer patisserie.

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