Os japoneses fazem melhor – Parte III

Por Henrique Cabral

Os japoneses fazem melhor! Parte III (Última)

Brasil / Japão – A prata da casa.

Nesta sequência de textos que publicamos sobre os designers de moda japoneses, nós não poderíamos deixar passar a menção sobre os nascidos e criados no Brasil que colocam seus talentos em prol da construção da nossa cultura de moda.

(Ver Parte I e Parte II)

Seja através da busca pela perfeição nos detalhes, pela arquitetura ou pela capacidade extrema de realização. Nossos japoneses também merecem o crédito pelos seus esforços em buscar espaço no universo fashion nacional.

Muito já falamos sobre a identidade da moda brasileira, suas múltiplas possibilidades e focos. E como já vimos a origem nipônica quando misturada à qualquer outra cultura gera resultados supreendentes.

Mas talvez no Brasil, o que seja mais enfatizado na moda pelos Designers japoneses seja a perfeição. A necessidade fundamental em se idealizar algo e conseguir concluí-la com o máximo de fidelidade, com técnica e qualidade.

Podemos ver isso no design da Marca Sandra Kanayama Milano da Designer Sandra Kanayama. Original de Curitiba, Sandra se formou no Instituto Marangoni em Milão.

A marca lançada em 2012 é voltada para um público que preza pelo “menos é mais”, é minimalista, mas tem em seu desenvolvimento um foco intenso nos materiais e na valorização das formas femininas. Sandra que vive em Milão, desenvolve e produz na Itália suas criações.

www.sandrakanayama.com

Sandra Kanayama Milano

Sandra Kanayama Milano 

É de Curitiba que também vimos outro nome. Juliana Morya, é formada em Estilismo pelo SENAI/PR. Em 2010 Juliana foi a ganhadora de um concurso de moda apresentado pela MTV Brasileira o IT MTV Elle Fashion Fabric.

O concurso abriu as portas da mídia para a Designer e em 2011 apresentou sua primeira coleção pela Casa de Criadores (evento paralelo ao São Paulo Fashion Week com foco em novos designers). Desde então Juliana Morya não parou mais de produzir com foco na estabilização de sua própria marca.

As criações misturam alta alfaiataria, tecidos lisos e estampas, formas simétricas e recortes assimétricos ou vice-versa com um resultado marcante entre o minimalismo e a arquitetura num limite perfeito entre o comercial e o conceitual da criadora.

Desde 2012 a Marca atende em ateliê próprio em Curitiba.

Juliana Morya

Juliana Morya

Mas sem dúvida alguma, nosso maior representante no rol dos samurais do design nacional é Jum Nakao.

Com uma formação tão ampla quanto quanto suas habilidades e talentos, que passeia da moda, ao design de mobiliário, Jum Nakao é referência para o cenário mundial de moda como sendo um criador tão ilimitado que só a moda não lhe permite uma comunicação perfeita. Emboré trabalhe com moda desde a década de 80, foi em 1996 no Phytoervas Fashion que o nome de Jum Nakao ficou conhecido.

Sua carreira é brilhante tanto do ponto de vista de suas criações próprias quanto nos trabalhos realizados com diretor criativo de marcas como Zoomp e Carmim.

Seu trabalho mais importante se chamou Costura do Invisível, onde todo o seu potencial criativo foi mostrado em um desfile em 2004 onde modelos vestindo peças de papel de extrema complexidade rasgam suas criações ao final. Mais tarde veio a se tornar livro e documentário.

Atualmente Jum Nakao ministra cursos e palestras onde ensina pessoas de a descobrirem a fonte da criatividade, a partir de si mesmas e de suas realidades e como explorar, reproduzir e perpetuar esse processo. (Essa é ao menos, a minha definição).

Criador de moda, móveis e objetos, conceitos e técnicas de empreendedorismo à confecção, Jum Nakao não têm limites, e o melhor de tudo é que ele divide isso com todos.

Vale a pena uma pesquisa mais aprofundada na extensão dos trabalhos desse que é o gênio brasileiro do Design de Moda, sem sombra de dúvidas.

Parafraseando a frase de impacto da Philco Hitachi nos anos 80, esse merece ouvir que “os nossos japoneses são melhores que os dos outros”.

Jum Nakao

Jum Nakao

Henrique Cabral

Henrique Cabral

Produtor Executivo e Gráfico de Moda tendo produzido campanhas no Brasil e no Exterior. Acredita que o vestuário é uma das das formas de comunicação não verbal mais fortes da sociedade.

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Nesta sequência de textos que publicamos sobre os designers de moda japoneses, nós não poderíamos deixar passar a menção sobre os nascidos e criados no Brasil que colocam seus talentos em prol da construção da nossa cultura de moda.

(Ver Parte I e Parte II)

Seja através da busca pela perfeição nos detalhes, pela arquitetura ou pela capacidade extrema de realização. Nossos japoneses também merecem o crédito pelos seus esforços em buscar espaço no universo fashion nacional.

Muito já falamos sobre a identidade da moda brasileira, suas múltiplas possibilidades e focos. E como já vimos a origem nipônica quando misturada à qualquer outra cultura gera resultados supreendentes.

Mas talvez no Brasil, o que seja mais enfatizado na moda pelos Designers japoneses seja a perfeição. A necessidade fundamental em se idealizar algo e conseguir concluí-la com o máximo de fidelidade, com técnica e qualidade.

Podemos ver isso no design da Marca Sandra Kanayama Milano da Designer Sandra Kanayama. Original de Curitiba, Sandra se formou no Instituto Marangoni em Milão.

A marca lançada em 2012 é voltada para um público que preza pelo “menos é mais”, é minimalista, mas tem em seu desenvolvimento um foco intenso nos materiais e na valorização das formas femininas. Sandra que vive em Milão, desenvolve e produz na Itália suas criações.

www.sandrakanayama.com

Sandra Kanayama Milano

Sandra Kanayama Milano 

É de Curitiba que também vimos outro nome. Juliana Morya, é formada em Estilismo pelo SENAI/PR. Em 2010 Juliana foi a ganhadora de um concurso de moda apresentado pela MTV Brasileira o IT MTV Elle Fashion Fabric.

O concurso abriu as portas da mídia para a Designer e em 2011 apresentou sua primeira coleção pela Casa de Criadores (evento paralelo ao São Paulo Fashion Week com foco em novos designers). Desde então Juliana Morya não parou mais de produzir com foco na estabilização de sua própria marca.

As criações misturam alta alfaiataria, tecidos lisos e estampas, formas simétricas e recortes assimétricos ou vice-versa com um resultado marcante entre o minimalismo e a arquitetura num limite perfeito entre o comercial e o conceitual da criadora.

Desde 2012 a Marca atende em ateliê próprio em Curitiba.

Juliana Morya

Juliana Morya

Mas sem dúvida alguma, nosso maior representante no rol dos samurais do design nacional é Jum Nakao.

Com uma formação tão ampla quanto quanto suas habilidades e talentos, que passeia da moda, ao design de mobiliário, Jum Nakao é referência para o cenário mundial de moda como sendo um criador tão ilimitado que só a moda não lhe permite uma comunicação perfeita. Emboré trabalhe com moda desde a década de 80, foi em 1996 no Phytoervas Fashion que o nome de Jum Nakao ficou conhecido.

Sua carreira é brilhante tanto do ponto de vista de suas criações próprias quanto nos trabalhos realizados com diretor criativo de marcas como Zoomp e Carmim.

Seu trabalho mais importante se chamou Costura do Invisível, onde todo o seu potencial criativo foi mostrado em um desfile em 2004 onde modelos vestindo peças de papel de extrema complexidade rasgam suas criações ao final. Mais tarde veio a se tornar livro e documentário.

Atualmente Jum Nakao ministra cursos e palestras onde ensina pessoas de a descobrirem a fonte da criatividade, a partir de si mesmas e de suas realidades e como explorar, reproduzir e perpetuar esse processo. (Essa é ao menos, a minha definição).

Criador de moda, móveis e objetos, conceitos e técnicas de empreendedorismo à confecção, Jum Nakao não têm limites, e o melhor de tudo é que ele divide isso com todos.

Vale a pena uma pesquisa mais aprofundada na extensão dos trabalhos desse que é o gênio brasileiro do Design de Moda, sem sombra de dúvidas.

Parafraseando a frase de impacto da Philco Hitachi nos anos 80, esse merece ouvir que “os nossos japoneses são melhores que os dos outros”.

Jum Nakao

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Produtor Executivo e Gráfico de Moda tendo produzido campanhas no Brasil e no Exterior. Acredita que o vestuário é uma das das formas de comunicação não verbal mais fortes da sociedade.

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