Video Game, uma atividade social… e presencial

Por Gui Santos

Na coluna anterior, foi mencionado como o jogo de tabuleiro é uma atividade muito mais social que vários video games e, caso essa característica fosse importada para os eletrônicos, seria um grande aprimoramento para a experiência do jogador.

É claro que alguns games já fazem isso. Nos consoles mais antigos, eram desenvolvidos mais jogos com foco no local multiplayer. Conforme a tecnologia foi evoluindo  as companhias foram explorando mais as possibilidades de conectividade e hoje podemos jogar com jogadores do mundo todo.

Mas a experiência é a mesma de quando a gente jogava 007 Golden Eye no Nintendo 64?

01

Esse tipo de jogabilidade ainda é bastante usado e popular em vários gêneros de jogos como: os FPS; jogos de luta; e jogos de esporte.

Importar esse conceito para outros gêneros é inovador e alguns designers, por exemplo, têm usado isso para criar experiências cooperativas.

Cooperação

Spaceteam é um jogo para IPhone e IPad com mecânicas bem simples. O grande trunfo do jogo é ter de ser jogado em grupo e presencialmente; nele os jogadores exercem papéis diferentes e trabalham juntos para controlar uma nave no estilo Star Trek.

O Jogo apresenta várias situações engraçadas e de adversidades em que o grupo precisa interagir entre si, tornando a situação cômica e casual.

Competição

Alguns designers pensam diferente e investem em games mais competitivos.
O B.U.T.T.O.N. (Brutally Unfair Tactics Totally Ok Now) é um jogo que mistura “gincana” com video game. O objetivo é simples: o primeiro jogador que conseguir segurar o botão do controle por 7 segundos vence… Contudo, o jogo pede aos jogadores para fazerem várias coisas engraçadas (como pagar flexões, fazer a partida em slow motion etc.) que atrapalham uns aos outros, tornando a partida muito divertida.

Para finalizar, vamos falar aqui de um jogo que, de tão inovador e experimental, ninguém consegue definir muito bem o que ele é. Johann Sebastian Joust é um jogo utilizando os controles do PS Move e apenas isso, sem televisão, sem som… Cada jogador segura um controle do Move que ao menor movimento fica da cor vermelha e quem o segura perde a partida. Essa é a única regra do jogo; assim, uma partida do jogo se torna uma grande bagunça sendo que não há limites de jogadores, de espaço ou de recursos para vencer o jogo. Resultado: pessoas se empurrando, correndo e interagindo uns com os outros.

Johann Sebastian Joust!

Com esse jogo, a gente pode ter um bom exemplo de que a experiência de jogar pessoalmente é diferente de jogar remotamente. As situações que surgem são completamente diferentes e as recompensas que elas trazem são únicas. Não quer dizer que a experiência é melhor ou pior.

Gui Santos

Gui Santos

Um quase ex-aluno do Design da UTFPR, agora vai! Leva jogos a sério demais e acha que Han Solo atirou primeiro.

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Video Game, uma atividade social… e presencial

Por Gui Santos

Na coluna anterior, foi mencionado como o jogo de tabuleiro é uma atividade muito mais social que vários video games e, caso essa característica fosse importada para os eletrônicos, seria um grande aprimoramento para a experiência do jogador.

É claro que alguns games já fazem isso. Nos consoles mais antigos, eram desenvolvidos mais jogos com foco no local multiplayer. Conforme a tecnologia foi evoluindo  as companhias foram explorando mais as possibilidades de conectividade e hoje podemos jogar com jogadores do mundo todo.

Mas a experiência é a mesma de quando a gente jogava 007 Golden Eye no Nintendo 64?

01

Esse tipo de jogabilidade ainda é bastante usado e popular em vários gêneros de jogos como: os FPS; jogos de luta; e jogos de esporte.

Importar esse conceito para outros gêneros é inovador e alguns designers, por exemplo, têm usado isso para criar experiências cooperativas.

Cooperação

Spaceteam é um jogo para IPhone e IPad com mecânicas bem simples. O grande trunfo do jogo é ter de ser jogado em grupo e presencialmente; nele os jogadores exercem papéis diferentes e trabalham juntos para controlar uma nave no estilo Star Trek.

O Jogo apresenta várias situações engraçadas e de adversidades em que o grupo precisa interagir entre si, tornando a situação cômica e casual.

Competição

Alguns designers pensam diferente e investem em games mais competitivos.
O B.U.T.T.O.N. (Brutally Unfair Tactics Totally Ok Now) é um jogo que mistura “gincana” com video game. O objetivo é simples: o primeiro jogador que conseguir segurar o botão do controle por 7 segundos vence… Contudo, o jogo pede aos jogadores para fazerem várias coisas engraçadas (como pagar flexões, fazer a partida em slow motion etc.) que atrapalham uns aos outros, tornando a partida muito divertida.

Para finalizar, vamos falar aqui de um jogo que, de tão inovador e experimental, ninguém consegue definir muito bem o que ele é. Johann Sebastian Joust é um jogo utilizando os controles do PS Move e apenas isso, sem televisão, sem som… Cada jogador segura um controle do Move que ao menor movimento fica da cor vermelha e quem o segura perde a partida. Essa é a única regra do jogo; assim, uma partida do jogo se torna uma grande bagunça sendo que não há limites de jogadores, de espaço ou de recursos para vencer o jogo. Resultado: pessoas se empurrando, correndo e interagindo uns com os outros.

Johann Sebastian Joust!

Com esse jogo, a gente pode ter um bom exemplo de que a experiência de jogar pessoalmente é diferente de jogar remotamente. As situações que surgem são completamente diferentes e as recompensas que elas trazem são únicas. Não quer dizer que a experiência é melhor ou pior.

Gui Santos

Gui Santos

Um quase ex-aluno do Design da UTFPR, agora vai! Leva jogos a sério demais e acha que Han Solo atirou primeiro.

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