Não basta ser designer

Por Mauro Adriano Müller

Já estamos em um tempo onde uma grande parte das empresas não competem apenas em preço e qualidade, mas também em design.  Para Thomas Lockwood, presidente do DMI (Design Management Institute), o design nas empresas é medido pelo pensamento em inovação no alcance de metas competitivas, que gerem resultados.

 A Heineken criou uma garrafa de alumínio e aumentou as vendas na França. A BMW lançou o Mini, que tem os mesmos custos operacionais de um carro pequeno, mas é mais caro pelo valor emocional

Lockwood diz que empresas que usam o design como fator diferencial nos negócios possuem um modelo de gestão onde o foco é a descoberta dos reais problemas das pessoas. “É preciso descobrir o ponto do processo de inovação e as necessidades que não são percebidas.” Para o presidente do DMI, o designer precisa “investigar”  os usuários, ir à campo e descobrir o que eles sentem ao usar os produtos e quais são seus problemas.

Se a competição entre as empresas também é definida pelo melhor design, como deve ser o profissional que possa atender esta demanda? Não basta ser designer, é necessário ter qualidades e pensamentos que, não só o diferencie dos demais designers, mas também sobre outros profissionais. Segundo Lockwood, há cinco perfis de pensamento essenciais de design:

empathy

1. Empatia

Tentar compreender verdadeiramente os sentimentos ou valores das pessoas para quem estamos projetando é  vital para o processo de design. Isso nos permite deduzir insights sobre as necessidades da pessoas/usuários, e concentrar em projetar para tais necessidades.

 

pensamentointegrado

 2. Pensamento integrado

No design, devemos integrar todos os tipos de pensamento possíveis. Não basta olhar para outros projetos de design, mas constantemente procurar inspiração em outras disciplinas e campos  para conseguir  resolver os problemas.

 

otimismo

3.Otimismo

Como designers, precisamos ser otimistas sobre a nossa capacidade de encontrar maneiras de lidar com diferentes tipos de problemas – devemos superar tensões, barreiras e obstáculos que surgem no decorrer do prcesso de design. Resolução de problemas também é acreditar em existir uma maneira diferente, ou melhor do que as já existentes.

 

experimentacao

4. Experimentação

Prototipagem é uma parte importante do projeto de design, é preciso entender que você terá que experimentar antes de atingir a perfeição, e obter um feedback mais cedo possível. Se o seu experimento falhar, você saberá o que precisa ser mudado antes que seu produto torne-se real.

 

colaboracao

5. Colaboração

Tente sempre conseguir a opinião de profissionais que não sejam da mesma área de atuação que a sua. Essa colaboração pode ajudar na inspiração, e permite chegarmos a uma solução melhor, ao evitar o pensamento de que o nossas próprias  ideias são as “melhores” e as únicas que merecem ser exploradas.

 

Thomas Lockwood  ainda cita outra qualidade que um designer deve ter para ser um grande profissional: a de gerenciamento. Para ele, depois do pensamento de design, voltado para a busca de soluções de problemas reais que levem à melhoria contínua, o próximo passo é o gerenciamento.

Ambos são complementares. Enquanto o pensamento de design é a fase de aventura, quando não se sabe o que vai descobrir, o gerenciamento busca a melhoria da eficiência e a efetividade.

Thomas Lockwood 

 

Referências:

Mauro Adriano Müller

Mauro Adriano Müller

Gaúcho, 24 anos, estudante de Design na Universidade Feevale/RS. Acredita que o Design pode (e deve) mudar o pensamento das pessoas sobre o mundo e sobre as muitas coisas que existem nele.

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Não basta ser designer

Por Mauro Adriano Müller

Já estamos em um tempo onde uma grande parte das empresas não competem apenas em preço e qualidade, mas também em design.  Para Thomas Lockwood, presidente do DMI (Design Management Institute), o design nas empresas é medido pelo pensamento em inovação no alcance de metas competitivas, que gerem resultados.

 A Heineken criou uma garrafa de alumínio e aumentou as vendas na França. A BMW lançou o Mini, que tem os mesmos custos operacionais de um carro pequeno, mas é mais caro pelo valor emocional

Lockwood diz que empresas que usam o design como fator diferencial nos negócios possuem um modelo de gestão onde o foco é a descoberta dos reais problemas das pessoas. “É preciso descobrir o ponto do processo de inovação e as necessidades que não são percebidas.” Para o presidente do DMI, o designer precisa “investigar”  os usuários, ir à campo e descobrir o que eles sentem ao usar os produtos e quais são seus problemas.

Se a competição entre as empresas também é definida pelo melhor design, como deve ser o profissional que possa atender esta demanda? Não basta ser designer, é necessário ter qualidades e pensamentos que, não só o diferencie dos demais designers, mas também sobre outros profissionais. Segundo Lockwood, há cinco perfis de pensamento essenciais de design:

empathy

1. Empatia

Tentar compreender verdadeiramente os sentimentos ou valores das pessoas para quem estamos projetando é  vital para o processo de design. Isso nos permite deduzir insights sobre as necessidades da pessoas/usuários, e concentrar em projetar para tais necessidades.

 

pensamentointegrado

 2. Pensamento integrado

No design, devemos integrar todos os tipos de pensamento possíveis. Não basta olhar para outros projetos de design, mas constantemente procurar inspiração em outras disciplinas e campos  para conseguir  resolver os problemas.

 

otimismo

3.Otimismo

Como designers, precisamos ser otimistas sobre a nossa capacidade de encontrar maneiras de lidar com diferentes tipos de problemas – devemos superar tensões, barreiras e obstáculos que surgem no decorrer do prcesso de design. Resolução de problemas também é acreditar em existir uma maneira diferente, ou melhor do que as já existentes.

 

experimentacao

4. Experimentação

Prototipagem é uma parte importante do projeto de design, é preciso entender que você terá que experimentar antes de atingir a perfeição, e obter um feedback mais cedo possível. Se o seu experimento falhar, você saberá o que precisa ser mudado antes que seu produto torne-se real.

 

colaboracao

5. Colaboração

Tente sempre conseguir a opinião de profissionais que não sejam da mesma área de atuação que a sua. Essa colaboração pode ajudar na inspiração, e permite chegarmos a uma solução melhor, ao evitar o pensamento de que o nossas próprias  ideias são as “melhores” e as únicas que merecem ser exploradas.

 

Thomas Lockwood  ainda cita outra qualidade que um designer deve ter para ser um grande profissional: a de gerenciamento. Para ele, depois do pensamento de design, voltado para a busca de soluções de problemas reais que levem à melhoria contínua, o próximo passo é o gerenciamento.

Ambos são complementares. Enquanto o pensamento de design é a fase de aventura, quando não se sabe o que vai descobrir, o gerenciamento busca a melhoria da eficiência e a efetividade.

Thomas Lockwood 

 

Referências:

Mauro Adriano Müller

Mauro Adriano Müller

Gaúcho, 24 anos, estudante de Design na Universidade Feevale/RS. Acredita que o Design pode (e deve) mudar o pensamento das pessoas sobre o mundo e sobre as muitas coisas que existem nele.

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