Ele se move!!!!

Por Rodrigo Janz

Você está agora sentado ou em pé em algum lugar, olhando para uma tela que de certa forma está conversando contigo e supre parte da sua necessidade fisiológica de interação com outras pessoas.  Estamos cientes que as telas e tecnologias da informação estão se apropriando de maneira crescente do nosso tempo.  Por exemplo, já chegamos a um ponto em que muitos não querem, sequer, deixar o SmartPhone em casa quando vão dar uma corrida no parque, porque podem levá-lo consigo para rastrear com GPS o trajeto percorrido,  obter informações sobre o próprio desempenho como atleta  e ainda mostrar aos amigos do Facebook por onde no Google Maps, ops… perdão, eu quis dizer, por onde na Cidade foram se exercitar.

Google promete para o fim de 2012 óculos com sistema Android

Esse tipo de parasitismo mutualístico dos Gadgets eletrônicos em nossas vidas faz pensar muito sobre como um designer gráfico irá exercer sua função daqui uns 5, 10 ou 50 anos. Nessas divagações eu pesquei um cardume de especulações malucas, mas uma certeza, nos exigirão cada vez mais o entendimento acerca do Movimento.

Com o fácil acesso às mídias eletrônicas em qualquer lugar e hora, as pessoas estão começando a mudar seus repertórios cognitivos para obtenção de informação, essa que antes vinha de Outdoores e colunas de jornais, hoje vem explosiva, enérgica através de telões de LED e do Youtube. Sendo assim, a demanda pela criação de peças de design que se movem e interagem com as pessoas também está crescendo.

Atuando profissionalmente em estúdios de design e produtoras de filmes, consegui observar uma determinada necessidade dos clientes batendo na porta tanto do primeiro quanto do segundo tipo de empresa. Uma série de briefings que não podiam ser classificados como cinema, nem como animação, nem como design gráfico, porém apresentavam elementos dos três! Um elo perdido tão intrigante que se apossou dos meus interesses e, consequentemente, influenciou minha carreira.

Para tal demanda,  uma profissão se popularizou e vem sendo chamada de Motion Design (Design Gráfico Animado se preferir o abrasileiramento), nome derivado da técnica Motion Graphics de composição e animação de imagens, que pode ser produzida por meio de softwares como Flash ou After Effects.  No retorno às origens, estudando os créditos e títulos de filmes de cinema, encontraremos as raízes do Motion Design.


Sequência de créditos do filme  “Deu a Louca no Mundo” (1963), pelo mestre supremo do design de títulos para filmes, também um dos mais importantes Designers Gráficos da história ; Saul Bass.

 Antigamente os custos de tais produções eram proibitivos para a maioria dos mercados, exceto os de cinema e publicidade. Com a democratização Adobe dos meios de produção da imagem, hoje  já vemos excelentes exemplos de Motion Design aplicados à inúmeras áreas, como por exemplo, educação e comércio.


Vídeo explicativo acerca de um evento. Dirigido por Vicent Diga (2011).

Foi então que surgiu a necessidade por um profissional que não apenas soubesse impressionar plateias com movimento de grafismos, mas  que dominasse a maneira como uma mensagem precisa ser planejada para o melhor entendimento da informação transmitida.


Video educativo acerca de quanto custa a internet para o meio ambiente. Dirigido por Patrick Clair (2011).

O poder de softwares como o After Effects está, inclusive, criando uma infinidade de estilos visuais próprios, que em muitas ocasiões superam o poder de composição de imagens do Photoshop.


Criatividade e estilo próprio no After Effects  – ‘We Got More / Moving Glowstream’ Remix EP. Dirigido por Cyriak Harris (2010).

Da tinta para a luz

A expansão do mercado do Design Gráfico Animado é evidente e em um futuro próximo se igualará (ou superará) a importância do Design Gráfico Impresso.  Trata-se de uma época de transformações e oportunidades, aguardando as sementes que serão plantadas nessa terra fértil.

Rodrigo Janz

Rodrigo Janz

Formado pela UTFPR. É coordenador de Computação Gráfica da Mindset Films. Participa em paralelo da produção de animações como diretor de arte, fotografia e artista 3D. Se sobrar um tempo, você o encontrá numa bike ou nas montanhas.

Conteúdo relacionado

Comentários

Os comentários estão encerrados.

Ele se move!!!!

Por Rodrigo Janz

Você está agora sentado ou em pé em algum lugar, olhando para uma tela que de certa forma está conversando contigo e supre parte da sua necessidade fisiológica de interação com outras pessoas.  Estamos cientes que as telas e tecnologias da informação estão se apropriando de maneira crescente do nosso tempo.  Por exemplo, já chegamos a um ponto em que muitos não querem, sequer, deixar o SmartPhone em casa quando vão dar uma corrida no parque, porque podem levá-lo consigo para rastrear com GPS o trajeto percorrido,  obter informações sobre o próprio desempenho como atleta  e ainda mostrar aos amigos do Facebook por onde no Google Maps, ops… perdão, eu quis dizer, por onde na Cidade foram se exercitar.

Google promete para o fim de 2012 óculos com sistema Android

Esse tipo de parasitismo mutualístico dos Gadgets eletrônicos em nossas vidas faz pensar muito sobre como um designer gráfico irá exercer sua função daqui uns 5, 10 ou 50 anos. Nessas divagações eu pesquei um cardume de especulações malucas, mas uma certeza, nos exigirão cada vez mais o entendimento acerca do Movimento.

Com o fácil acesso às mídias eletrônicas em qualquer lugar e hora, as pessoas estão começando a mudar seus repertórios cognitivos para obtenção de informação, essa que antes vinha de Outdoores e colunas de jornais, hoje vem explosiva, enérgica através de telões de LED e do Youtube. Sendo assim, a demanda pela criação de peças de design que se movem e interagem com as pessoas também está crescendo.

Atuando profissionalmente em estúdios de design e produtoras de filmes, consegui observar uma determinada necessidade dos clientes batendo na porta tanto do primeiro quanto do segundo tipo de empresa. Uma série de briefings que não podiam ser classificados como cinema, nem como animação, nem como design gráfico, porém apresentavam elementos dos três! Um elo perdido tão intrigante que se apossou dos meus interesses e, consequentemente, influenciou minha carreira.

Para tal demanda,  uma profissão se popularizou e vem sendo chamada de Motion Design (Design Gráfico Animado se preferir o abrasileiramento), nome derivado da técnica Motion Graphics de composição e animação de imagens, que pode ser produzida por meio de softwares como Flash ou After Effects.  No retorno às origens, estudando os créditos e títulos de filmes de cinema, encontraremos as raízes do Motion Design.


Sequência de créditos do filme  “Deu a Louca no Mundo” (1963), pelo mestre supremo do design de títulos para filmes, também um dos mais importantes Designers Gráficos da história ; Saul Bass.

 Antigamente os custos de tais produções eram proibitivos para a maioria dos mercados, exceto os de cinema e publicidade. Com a democratização Adobe dos meios de produção da imagem, hoje  já vemos excelentes exemplos de Motion Design aplicados à inúmeras áreas, como por exemplo, educação e comércio.


Vídeo explicativo acerca de um evento. Dirigido por Vicent Diga (2011).

Foi então que surgiu a necessidade por um profissional que não apenas soubesse impressionar plateias com movimento de grafismos, mas  que dominasse a maneira como uma mensagem precisa ser planejada para o melhor entendimento da informação transmitida.


Video educativo acerca de quanto custa a internet para o meio ambiente. Dirigido por Patrick Clair (2011).

O poder de softwares como o After Effects está, inclusive, criando uma infinidade de estilos visuais próprios, que em muitas ocasiões superam o poder de composição de imagens do Photoshop.


Criatividade e estilo próprio no After Effects  – ‘We Got More / Moving Glowstream’ Remix EP. Dirigido por Cyriak Harris (2010).

Da tinta para a luz

A expansão do mercado do Design Gráfico Animado é evidente e em um futuro próximo se igualará (ou superará) a importância do Design Gráfico Impresso.  Trata-se de uma época de transformações e oportunidades, aguardando as sementes que serão plantadas nessa terra fértil.

Rodrigo Janz

Rodrigo Janz

Formado pela UTFPR. É coordenador de Computação Gráfica da Mindset Films. Participa em paralelo da produção de animações como diretor de arte, fotografia e artista 3D. Se sobrar um tempo, você o encontrá numa bike ou nas montanhas.

Conteúdo relacionado

Comentários

Os comentários estão encerrados.