Camuflagem

Por Bruna Bonifacio

Método que permite a adaptação de um organismo, apresentando características que o confundem com o meio ambiente que o cerca. Essa capacidade de adaptação é geralmente compreendida como fator importante para a sobrevivência, como por exemplo, no caso de alguns animais.

No post de hoje, a camuflagem está presente na música, dança e fotografia, não como elemento de sobrevivência, mas sim de pertinência. Aqui, os artistas se camuflam com as superfícies e estampas para pertencer ao tema e criar um espetáculo caótico com impressões “falsas” e ilusões de ótica.

 

Cecilia Paredes

Cecilia Paredes, Obra Costa Rica, 2007

Cecilia Paredes, Obra Costa Rica, 2007

Cecilia Paredes é uma artista performática, que usa o corpo humano e elementos da natureza, transformando-os e criando uma nova linguagem. Desde 2007, ela ornamenta o próprio corpo (com a ajuda de seus assistentes) com técnicas de pintura corporal e faz uma elaborada e perfeita reprodução do fundo estampado do papel de parede em si mesma.

Obra de Cecilia Paredes,

Obra de Cecilia Paredes,

Cecilia Paredes, Obra Nocturne, 2009

Cecilia Paredes, Obra Nocturne, 2009

Através da fotografia, a artista faz fotoperformances, como as das séries Landscape (vistas neste post), nas quais deixa pequenas pistas para que o espectador perceba a presença do seu corpo. Cecilia diz que a inspiração para as obras vem de locais onde esteve e nos quais se perdeu no tempo.

A artista nasceu em Lima no Peru, onde estudou na Art School of Catholic University, Cecilia também frequentou a Arts and Crafts School em Cambridge na Inglaterra. Hoje, ela vive e trabalha tanto na Filadélfia quanto em Lima e busca esse sentimento de pertencimento pois está sempre dividida entre os dois locais.

Cecilia Paredes, Obra Both Worlds, 2011

Cecilia Paredes, Obra Both Worlds, 2011

FIGURA 5 | Cecilia Paredes, Obra Elusive Paradise, 2010

Grupo Corpo

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

A companhia de dança mostra o corpo como um infinito de possibilidades. Fundada em 1975, se destaca pela excelência na dança, pela alta qualidade de suas parcerias com autores contemporâneos (para a composição de trilhas especiais para os espetáculos, entre eles, Lenine e Arnaldo Antunes) e pela escolha extremamente cuidadosa de seus figurinos, que são um espetáculo à parte.

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

 

Eles usam o corpo como objeto de experiências estéticas e trabalham lindamente com o design de superfície em seus figurinos e na mescla dos mesmos com os elementos cenográficos.

Exemplos disso são os figurinos dos espetáculos Sem Mim (2011) e Breu (2007)

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Breu, 2007

Grupo Corpo, Breu, 2007

Grupo Corpo, Breu, 2007

Grupo Corpo, Breu, 2007

Hoje a companhia possui em seu histórico, 35 coreografias e mais de 2 mil apresentações. Ela mantém 10 balés no repertório e se apresenta em média 70 vezes por ano. Sempre vale a pena assistir!

OK GO

OK GO

OK GO

É uma banda de rock, de Chicago, que ficou conhecida internacionalmente por seus clipes irreverentes e criativos. O primeiro e maior sucesso é de 2005, o Here It Gores Again, no qual os membros da banda cantam enquanto fazem uma coreografia sobre esteiras ergométricas. O clipe foi todo gravado em plano sequência, e é muito divertido de assistir. A partir de então, eles começaram a produzir clipes cada vez mais elaborados e/ou malucos. Recomendo todos.

Até que um dia fizeram esse clipe aqui, para a música Do What You Want:

Nele, a banda, dançarinos e figurantes estão vestidos dos pés à cabeça (incluindo os objetos de cena) com a mesma estampa do papel de parede, que reveste a parede e o piso do cenário. Aqui também existe a construção própria de identificação com o ambiente, mas de uma forma bem divertida.

OK GO, Do What You Want

OK GO, Do What You Want

OK GO, Do What You Want

OK GO, Do What You Want

 

 

Referências

Bruna Bonifacio

Bruna Bonifacio

Sou Paulista, estou Curitibana. Formada em Design pela UTFPR. Completamente apaixonada por Design de Superfície (de todo tipo). Pesquiso estamparia, texturas, arte contemporânea, arte urbana e afins, sob o ponto de vista do Design de Superfície.

Conteúdo relacionado

Comentários

Os comentários estão encerrados.

Camuflagem

Por Bruna Bonifacio

Método que permite a adaptação de um organismo, apresentando características que o confundem com o meio ambiente que o cerca. Essa capacidade de adaptação é geralmente compreendida como fator importante para a sobrevivência, como por exemplo, no caso de alguns animais.

No post de hoje, a camuflagem está presente na música, dança e fotografia, não como elemento de sobrevivência, mas sim de pertinência. Aqui, os artistas se camuflam com as superfícies e estampas para pertencer ao tema e criar um espetáculo caótico com impressões “falsas” e ilusões de ótica.

 

Cecilia Paredes

Cecilia Paredes, Obra Costa Rica, 2007

Cecilia Paredes, Obra Costa Rica, 2007

Cecilia Paredes é uma artista performática, que usa o corpo humano e elementos da natureza, transformando-os e criando uma nova linguagem. Desde 2007, ela ornamenta o próprio corpo (com a ajuda de seus assistentes) com técnicas de pintura corporal e faz uma elaborada e perfeita reprodução do fundo estampado do papel de parede em si mesma.

Obra de Cecilia Paredes,

Obra de Cecilia Paredes,

Cecilia Paredes, Obra Nocturne, 2009

Cecilia Paredes, Obra Nocturne, 2009

Através da fotografia, a artista faz fotoperformances, como as das séries Landscape (vistas neste post), nas quais deixa pequenas pistas para que o espectador perceba a presença do seu corpo. Cecilia diz que a inspiração para as obras vem de locais onde esteve e nos quais se perdeu no tempo.

A artista nasceu em Lima no Peru, onde estudou na Art School of Catholic University, Cecilia também frequentou a Arts and Crafts School em Cambridge na Inglaterra. Hoje, ela vive e trabalha tanto na Filadélfia quanto em Lima e busca esse sentimento de pertencimento pois está sempre dividida entre os dois locais.

Cecilia Paredes, Obra Both Worlds, 2011

Cecilia Paredes, Obra Both Worlds, 2011

FIGURA 5 | Cecilia Paredes, Obra Elusive Paradise, 2010

Grupo Corpo

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

A companhia de dança mostra o corpo como um infinito de possibilidades. Fundada em 1975, se destaca pela excelência na dança, pela alta qualidade de suas parcerias com autores contemporâneos (para a composição de trilhas especiais para os espetáculos, entre eles, Lenine e Arnaldo Antunes) e pela escolha extremamente cuidadosa de seus figurinos, que são um espetáculo à parte.

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

 

Eles usam o corpo como objeto de experiências estéticas e trabalham lindamente com o design de superfície em seus figurinos e na mescla dos mesmos com os elementos cenográficos.

Exemplos disso são os figurinos dos espetáculos Sem Mim (2011) e Breu (2007)

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Sem Mim, 2011

Grupo Corpo, Breu, 2007

Grupo Corpo, Breu, 2007

Grupo Corpo, Breu, 2007

Grupo Corpo, Breu, 2007

Hoje a companhia possui em seu histórico, 35 coreografias e mais de 2 mil apresentações. Ela mantém 10 balés no repertório e se apresenta em média 70 vezes por ano. Sempre vale a pena assistir!

OK GO

OK GO

OK GO

É uma banda de rock, de Chicago, que ficou conhecida internacionalmente por seus clipes irreverentes e criativos. O primeiro e maior sucesso é de 2005, o Here It Gores Again, no qual os membros da banda cantam enquanto fazem uma coreografia sobre esteiras ergométricas. O clipe foi todo gravado em plano sequência, e é muito divertido de assistir. A partir de então, eles começaram a produzir clipes cada vez mais elaborados e/ou malucos. Recomendo todos.

Até que um dia fizeram esse clipe aqui, para a música Do What You Want:

Nele, a banda, dançarinos e figurantes estão vestidos dos pés à cabeça (incluindo os objetos de cena) com a mesma estampa do papel de parede, que reveste a parede e o piso do cenário. Aqui também existe a construção própria de identificação com o ambiente, mas de uma forma bem divertida.

OK GO, Do What You Want

OK GO, Do What You Want

OK GO, Do What You Want

OK GO, Do What You Want

 

 

Referências

Bruna Bonifacio

Bruna Bonifacio

Sou Paulista, estou Curitibana. Formada em Design pela UTFPR. Completamente apaixonada por Design de Superfície (de todo tipo). Pesquiso estamparia, texturas, arte contemporânea, arte urbana e afins, sob o ponto de vista do Design de Superfície.

Conteúdo relacionado

Comentários

Os comentários estão encerrados.