
A brasilidade de Joaquim
Hoje é dia de falar de um homem que é de grande importância no design de produto brasileiro. Me refiro ao escultor, pintor, projetista, desenhista e por assim dizer designer Joaquim Albuquerque Tenreiro.
Filho e neto de marceneiros, nasceu em Portugal mas mudou-se quando era criança para o Brasil. Trabalhou no Rio de Janeiro e depois tornou-se projetista de móveis. Em 1942 projetou seu primeiro móvel moderno, para uma residência de Francisco Inácio Peixoto, abandonando as práticas de copiar móveis em estilo clássico europeu, dando uma nova visão moderna ao mobiliário.
Montou sua própria empresa, com fábricas e lojas no Rio de Janeiro e São Paulo, com grande sucesso profissional e de crítica. No final da década de 60 resolveu encerrar a empresa e dedicar-se às artes, principalmente a escultura em madeira, que já vinha exercendo em paralelo com sua atividade principal, dedicou-se à pintura de retratos, de paisagens e de naturezas-mortas.
Desenhou mobiliário e painéis em madeira, acompanhando o progresso da arquitetura moderna, para diversas instituições, como o Itamarati e SENAI. Hoje em dia João Terneiro é conhecido como o Pai do Móvel Moderno no Brasil, título que ele honrava a cada lançamento, desde a estréia de sua Poltrona Leve.
Ela foi concebida obedecendo a um princípio que eu achava que deveria ser seguido pelos móveis modernos brasileiros: a leveza, que não tem nada a ver com o peso em si, mas com a funcionalidade e graciosidade do espaço, detalhava Tenreiro.
A genialidade de Joaquim Terneiro sempre será lembrada por sua caracteristica moderna atemporal que hoje é inspiração para muitos designers brasileiros.
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