Design de Superfície

Por Bruna Bonifacio

O homem interfere e modifica a superfície dos objetos com os quais convive desde as civilizações pré-históricas. A importância da superfície é ressaltada por Manzini: “[…] concentra muito daquilo que num objeto é significante para um observador/utilizador: qualidades sensoriais (propriedades ópticas, térmicas, tácteis), valores simbólicos e culturais […]”.

Athos Bulcão, Painel de Azulejos, 1998

A pele/ interface/ membrana das coisas

Clouds por Ronan e Erwan Bouroullec, 2008

Definição

O uso da expressão surface design provavelmente foi criado pela Surface Design Association. A SDA, associação de artistas têxteis americanos, existe desde 1977. Seus participantes exercem pesquisas, publicam revistas e jornais, expõem trabalhos, realizam congressos e promovem atividades criativas relacionadas à exploração da área têxtil.

A responsável pela nomenclatura Design de Superfície no Brasil, foi a designer Renata Rubim. A tradução literal da expressão aconteceu nos anos 80, após estudar nos Estados Unidos e ter contato com esse ambiente. Renata compreendeu como a expressão era representativa. Aqui ela é mais abrangente, e utilizada para projetos nas mais diversas superfícies, sem nenhum tipo de conexão a um anteparo específico.

Brasil

No Brasil, existe o Núcelo de Design de Superfície na UFRGS, no Rio Grande do Sul. Desde a sua fundação em 1998, o grupo realiza pesquisas, parcerias nacionais e internacionais. O objetivo é construir, divulgar e consolidar a área do Design de Superfície no meio acadêmico, científico e profissional.

A vontade de contribuição para o pensamento crítico nessa área, motivou o lançamento do livro Design de Superfície, escrito por Evelise Anicet Ruthschilling em 2008.
Bibliografia básica e imprescindível para quem quer saber mais sobre o tema, o livro abrange a evolução histórica do design de superfície, as áreas de atuação e aplicação, educação, fundamentos, ferramentas utilizadas, além de outras informações bem úteis para os interessados.

E você com isso

Projetos de design de superfície tradicionalmente compreendem a criação e desenvolvimento de funções práticas e estéticas visando a constituição e o tratamento de superfícies quaisquer, resultando em uma identidade única.
O interessante é que a superfície está se tornando objeto em si e não apenas revestimento.
Ótima oportunidade para complementar os seus trabalhos e explorar as diferentes mídias, suportes e meios que o design de superfície oferece.

As possibilidades são inúmeras, entre elas estão: estamparia para papéis e tecidos, embalagens, papéis de parede, revestimentos residenciais e comerciais, área têxtil, cerâmica, materiais sintéticos, ambientes virtuais.

O design de superfície, além de tudo isso, é democrático e receptivo. Aceita curiosos das mais diversas áreas do design.

 

Renata Rubim - para Solarium Revestimentos 2012

Procure saber:
Athos Bulcão
Evelise Anicet Ruthschilling
Ezio Manzini
Renata Rubim
Ronan & Erwan Bouroullec
www.nds.ufrgs.br

Referências
MANZINI, E. A matéria da invenção. Lisboa: Centro Português de Design, 1993.
RUBIM, Renata. Desenhando a superfície. 2. ed. rev. atual. São Paulo, SP: Rosari, 2010.
RUTHSCHILLING, Evelise Anicet. Design de Superfície. Porto Alegre: Editora da UFRGS,2008.

Bruna Bonifacio

Bruna Bonifacio

Sou Paulista, estou Curitibana. Formada em Design pela UTFPR. Completamente apaixonada por Design de Superfície (de todo tipo). Pesquiso estamparia, texturas, arte contemporânea, arte urbana e afins, sob o ponto de vista do Design de Superfície.

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Design de Superfície

Por Bruna Bonifacio

O homem interfere e modifica a superfície dos objetos com os quais convive desde as civilizações pré-históricas. A importância da superfície é ressaltada por Manzini: “[…] concentra muito daquilo que num objeto é significante para um observador/utilizador: qualidades sensoriais (propriedades ópticas, térmicas, tácteis), valores simbólicos e culturais […]”.

Athos Bulcão, Painel de Azulejos, 1998

A pele/ interface/ membrana das coisas

Clouds por Ronan e Erwan Bouroullec, 2008

Definição

O uso da expressão surface design provavelmente foi criado pela Surface Design Association. A SDA, associação de artistas têxteis americanos, existe desde 1977. Seus participantes exercem pesquisas, publicam revistas e jornais, expõem trabalhos, realizam congressos e promovem atividades criativas relacionadas à exploração da área têxtil.

A responsável pela nomenclatura Design de Superfície no Brasil, foi a designer Renata Rubim. A tradução literal da expressão aconteceu nos anos 80, após estudar nos Estados Unidos e ter contato com esse ambiente. Renata compreendeu como a expressão era representativa. Aqui ela é mais abrangente, e utilizada para projetos nas mais diversas superfícies, sem nenhum tipo de conexão a um anteparo específico.

Brasil

No Brasil, existe o Núcelo de Design de Superfície na UFRGS, no Rio Grande do Sul. Desde a sua fundação em 1998, o grupo realiza pesquisas, parcerias nacionais e internacionais. O objetivo é construir, divulgar e consolidar a área do Design de Superfície no meio acadêmico, científico e profissional.

A vontade de contribuição para o pensamento crítico nessa área, motivou o lançamento do livro Design de Superfície, escrito por Evelise Anicet Ruthschilling em 2008.
Bibliografia básica e imprescindível para quem quer saber mais sobre o tema, o livro abrange a evolução histórica do design de superfície, as áreas de atuação e aplicação, educação, fundamentos, ferramentas utilizadas, além de outras informações bem úteis para os interessados.

E você com isso

Projetos de design de superfície tradicionalmente compreendem a criação e desenvolvimento de funções práticas e estéticas visando a constituição e o tratamento de superfícies quaisquer, resultando em uma identidade única.
O interessante é que a superfície está se tornando objeto em si e não apenas revestimento.
Ótima oportunidade para complementar os seus trabalhos e explorar as diferentes mídias, suportes e meios que o design de superfície oferece.

As possibilidades são inúmeras, entre elas estão: estamparia para papéis e tecidos, embalagens, papéis de parede, revestimentos residenciais e comerciais, área têxtil, cerâmica, materiais sintéticos, ambientes virtuais.

O design de superfície, além de tudo isso, é democrático e receptivo. Aceita curiosos das mais diversas áreas do design.

 

Renata Rubim - para Solarium Revestimentos 2012

Procure saber:
Athos Bulcão
Evelise Anicet Ruthschilling
Ezio Manzini
Renata Rubim
Ronan & Erwan Bouroullec
www.nds.ufrgs.br

Referências
MANZINI, E. A matéria da invenção. Lisboa: Centro Português de Design, 1993.
RUBIM, Renata. Desenhando a superfície. 2. ed. rev. atual. São Paulo, SP: Rosari, 2010.
RUTHSCHILLING, Evelise Anicet. Design de Superfície. Porto Alegre: Editora da UFRGS,2008.

Bruna Bonifacio

Bruna Bonifacio

Sou Paulista, estou Curitibana. Formada em Design pela UTFPR. Completamente apaixonada por Design de Superfície (de todo tipo). Pesquiso estamparia, texturas, arte contemporânea, arte urbana e afins, sob o ponto de vista do Design de Superfície.

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