The Windmill Farmer

Por Wagner Regis

Hoje, iremos comentar dessa produção que levou 4 meses para ficar pronta, do paraguaio Joaquim Baldwin, nascido em 1983, e desde os 15 anos tem se aventurado no meio das animações 3D. Trabalhou bastante com webdesign, contudo, em 2002 quando foi para os Estados Unidos, estudar na College Columbus of Art & Design, em Ohio, os rumos foram outros.

Joaquim, começou a desenvolver vários curtas animados, e seu talento acabou sendo reconhecido. Sua outra produção, “Sebastian’s Voodoo”, de 2008, foi indicada ao Annie (que é praticamente um Oscar só de animações), onde competiu com nomes fortes como Disney e Pixar. No ano seguinte foi premiado no Festival de Cannes, na categoria Short Film Corne Online e ano passado, Baldwin concluíu seu mestrado em Animação pela UCLA.

Porém, optei por aprofundar a indicação sobre a produção de 2010, The Windmill Farmer, devido a maneira como ela foi representada, e como a história é contada. É interessante saber que na produção foram utilizando os softwares Toon Boom, After Effects, Maya e Photoshop. Contudo, vale lembrar que não é o software que fara de você um bom animador – ou designer de uma maneira geral – Cada um teve sua finalidade. Como falo durante as oficinas, o programa que você utilizar para uma determida tarefa é uma ferramenta, você não pode ser dependente dela. No caso, sem a idéia, a sacada, não tem software gráfico que te faça um bom profissional. Como a cena da tempestade, achei muito triste, mas o final contrastou e havendo a virada para arrematar o curta. Falar de programas, é o mesmo que dizer que você só ira tirar uma foto boa com um equipamento de última geração, porém, sem saber regular o obturador, quando usar flash, e não ter o olhar preparado.

Quando assisti essa animação, me lembrei na hora do jogo “Outland” (PS3), e achei bacana o modo como acontece a narrativa muito similar ao visual de um jogo side-scrolling, algo que achei muito bacana, aproveitar a proposta – comum, por assim dizer – de um outro suporte mídia e obter um belo resultado. As vezes nos preocupamos com tantos recursos, efeitos, câmeras, mas o enquandramento ao longo do vídeo permanece, praticamente, o mesmo e sem diálogo algum transmite toda a história, ou seja, todo o cerne se concentra no roteiro.

Curioso é saber que a idéia desse curta veio de uma viagem dele por Palms Spring. O tal do olhar tem que estar preparado para, justamente, nessas circunstâncias, quando mesmo num deslocamento, você pode ter aquele estalo que faltava após ficar estagnado na frente do computador.

Wagner Regis

Wagner Regis

Designer Gráfico por formação e Pós-Graduado em Jogos Digitais (UP). É co-fundador do estúdio de animação "Make Toons", professor na Universidade Positivo, e feliz por gostar do que faz.

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Por Wagner Regis

Hoje, iremos comentar dessa produção que levou 4 meses para ficar pronta, do paraguaio Joaquim Baldwin, nascido em 1983, e desde os 15 anos tem se aventurado no meio das animações 3D. Trabalhou bastante com webdesign, contudo, em 2002 quando foi para os Estados Unidos, estudar na College Columbus of Art & Design, em Ohio, os rumos foram outros.

Joaquim, começou a desenvolver vários curtas animados, e seu talento acabou sendo reconhecido. Sua outra produção, “Sebastian’s Voodoo”, de 2008, foi indicada ao Annie (que é praticamente um Oscar só de animações), onde competiu com nomes fortes como Disney e Pixar. No ano seguinte foi premiado no Festival de Cannes, na categoria Short Film Corne Online e ano passado, Baldwin concluíu seu mestrado em Animação pela UCLA.

Porém, optei por aprofundar a indicação sobre a produção de 2010, The Windmill Farmer, devido a maneira como ela foi representada, e como a história é contada. É interessante saber que na produção foram utilizando os softwares Toon Boom, After Effects, Maya e Photoshop. Contudo, vale lembrar que não é o software que fara de você um bom animador – ou designer de uma maneira geral – Cada um teve sua finalidade. Como falo durante as oficinas, o programa que você utilizar para uma determida tarefa é uma ferramenta, você não pode ser dependente dela. No caso, sem a idéia, a sacada, não tem software gráfico que te faça um bom profissional. Como a cena da tempestade, achei muito triste, mas o final contrastou e havendo a virada para arrematar o curta. Falar de programas, é o mesmo que dizer que você só ira tirar uma foto boa com um equipamento de última geração, porém, sem saber regular o obturador, quando usar flash, e não ter o olhar preparado.

Quando assisti essa animação, me lembrei na hora do jogo “Outland” (PS3), e achei bacana o modo como acontece a narrativa muito similar ao visual de um jogo side-scrolling, algo que achei muito bacana, aproveitar a proposta – comum, por assim dizer – de um outro suporte mídia e obter um belo resultado. As vezes nos preocupamos com tantos recursos, efeitos, câmeras, mas o enquandramento ao longo do vídeo permanece, praticamente, o mesmo e sem diálogo algum transmite toda a história, ou seja, todo o cerne se concentra no roteiro.

Curioso é saber que a idéia desse curta veio de uma viagem dele por Palms Spring. O tal do olhar tem que estar preparado para, justamente, nessas circunstâncias, quando mesmo num deslocamento, você pode ter aquele estalo que faltava após ficar estagnado na frente do computador.

Wagner Regis

Wagner Regis

Designer Gráfico por formação e Pós-Graduado em Jogos Digitais (UP). É co-fundador do estúdio de animação "Make Toons", professor na Universidade Positivo, e feliz por gostar do que faz.

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