Eu queria ser um monstro

Por Wagner Regis

Às vezes, na infância, a gente pensa em ser um bombeiro, astronauta, jogador de futebol… O menino, bom, o menino queria ser um monstro.

“Eu queria ser um Monstro”, mostra o dia a dia do menino com crise de bronquite e sua dificuldade em matemática. É uma animação muito interessante e bacana, ainda mais sabendo dos artifícios que foram utilizados, como gel de cabelo para representar água da piscina.

O curta em stop-motion foi a primeira experiência do animador brasileiro Marcelo Marão, o qual desde então, se dedicava a projetos animados em 2D. Nesse caso, é algo que comento sempre nas oficinas que ministro, que é importante conhecermos diversas técnicas – mesmo que tenhamos alguma afinidade com um estilo – pois a questão é muito mais ver qual fica melhor adequado ao seu roteiro. Dessa maneira, podemos ter um resultado muito mais recompensador.

Making of

Making of

Marcelo Marão é presidente-fundador da ABCA (Associação Brasileira de Cinema de Animação), formado pela Escola de Belas Artes da UFRJ, onde seu TCC foi uma animação que levou três anos para ser concluída, intitulada “Cebolas são Azuis” (1996), o qual contou com a participação do seu amigo Guilherme Briggs – na época também estudante. Em 2012, durante o 20º AnimaMundi, Marão foi homenageando dada sua trajetória profissional e importância para o mercado nacional de produção animada, como animador de outros tantos trabalhos: “O anão que virou gigante”, “O Arroz Nunca Acaba” e “Engolervilha”, pra citar alguns.

AnimaMundi 2012, edição São Paulo.

AnimaMundi 2012, edição São Paulo.

“Eu queria ser um Monstro” é um curta bonito e tocante, sempre fico emocionado assistindo, e nos faz pensar sobre nossas relações familiares. Espero que aproveitem! 🙂

Wagner Regis

Wagner Regis

Designer Gráfico por formação e Pós-Graduado em Jogos Digitais (UP). É co-fundador do estúdio de animação "Make Toons", professor na Universidade Positivo, e feliz por gostar do que faz.

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