Azureus Rising

Por Wagner Regis

Primeiramente, sobre animação 3D, seja Maya, 3D Studio Max, Blender, ZBrush e por aí vai, cada qual será uma ferramenta que podem facilitar, dificultar, mas no final você acabara utilizando aquela que tenha maior familiaridade ou se comporte melhor para cada resultado desejado. Mas não é uma questão de apenas modelar, e sim toda aquela atrocidade de tarefas (que sempre me dão pesadelos) que devem ser bem feitas, também: skinning, aplicação de materias, texturas (isso até que acho um pouco mais legal, hehe), iluminação, bones, renderização e nem quero ousar citar mais. A sua diferença no mercado, acabara sendo nesse momento, posterior a modelagem, em conseguir animar e fazê-lo bem feito.

Nesse curta animado, dirigido e produzido por David Weistein, foi algo que ele comentou sobre a dificuldade de ter uma equipe, e, além disso, que se dedicasse até o final do projeto, o qual tinha ousadia em justamente trazer a maior qualidade possível. Tanto que nos créditos percebemos que não é algo que se faz com 2 ou 3 amigos, num final de semana, e sim quantas pessoas foram necessárias para realizarem o vídeo, derrubando aquele pensamento de “não pensei que animação dava tanto trabalho”, mesmo sendo um filme de pouco mais de 5 minutos.

A produção de “Azureus Rising” teve algo que achei bem bacana que comentaram na parte de Making Of, sobre a produção sonora, que foi realizada simultaneamente com a produção animada. Em alguns casos, e em games, isso acaba sendo feito posteriormente, o que pode não gerar uma harmonia exata. O ideal, como foi comentado, foi essa interação entre as equipes a todo o momento, de modo que todos os participantes estavam imersos e falando a mesma língua, que com certeza influenciou para o resultado desejado.

Apesar de não ser muito fã dessa técnica de animação, o que me agradou foram o visual e proporções do personagem que se assemelham muito o tradicional cartoon 2D. Não apenas isso, mas o modo que ele se comporta, a condução da narrativa, um herói jovem, são elementos envolventes dentro da trama, o que me lembrou muito a série de animação “Young Justice”.

Enfim, “Azureus Rising” nasceu da proposta de ser a prova de conceito para um longa-metragem animado, e um game também. Às vezes, é mais propício demonstrar onde pretendemos chegar, e isso se tornar um excelente ponto de partida, facilitando a trajetória a ser seguida. A confirmação disso são os diversos prêmios recebidos em 2010 – quando ocorreu o seu lançamento – o que geraram um grande incentivo pela idéia apresentada. Segundo a fanpage do Facebook, a etapa a ser seguida consiste no desenvolvimento do game e filmes, sendo um projeto trans-media, no entanto, faz tempo que não temos notícias sobre o andamento do projeto, o que é uma pena.

Wagner Regis

Wagner Regis

Designer Gráfico por formação e Pós-Graduado em Jogos Digitais (UP). É co-fundador do estúdio de animação "Make Toons", professor na Universidade Positivo, e feliz por gostar do que faz.

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Azureus Rising

Por Wagner Regis

Primeiramente, sobre animação 3D, seja Maya, 3D Studio Max, Blender, ZBrush e por aí vai, cada qual será uma ferramenta que podem facilitar, dificultar, mas no final você acabara utilizando aquela que tenha maior familiaridade ou se comporte melhor para cada resultado desejado. Mas não é uma questão de apenas modelar, e sim toda aquela atrocidade de tarefas (que sempre me dão pesadelos) que devem ser bem feitas, também: skinning, aplicação de materias, texturas (isso até que acho um pouco mais legal, hehe), iluminação, bones, renderização e nem quero ousar citar mais. A sua diferença no mercado, acabara sendo nesse momento, posterior a modelagem, em conseguir animar e fazê-lo bem feito.

Nesse curta animado, dirigido e produzido por David Weistein, foi algo que ele comentou sobre a dificuldade de ter uma equipe, e, além disso, que se dedicasse até o final do projeto, o qual tinha ousadia em justamente trazer a maior qualidade possível. Tanto que nos créditos percebemos que não é algo que se faz com 2 ou 3 amigos, num final de semana, e sim quantas pessoas foram necessárias para realizarem o vídeo, derrubando aquele pensamento de “não pensei que animação dava tanto trabalho”, mesmo sendo um filme de pouco mais de 5 minutos.

A produção de “Azureus Rising” teve algo que achei bem bacana que comentaram na parte de Making Of, sobre a produção sonora, que foi realizada simultaneamente com a produção animada. Em alguns casos, e em games, isso acaba sendo feito posteriormente, o que pode não gerar uma harmonia exata. O ideal, como foi comentado, foi essa interação entre as equipes a todo o momento, de modo que todos os participantes estavam imersos e falando a mesma língua, que com certeza influenciou para o resultado desejado.

Apesar de não ser muito fã dessa técnica de animação, o que me agradou foram o visual e proporções do personagem que se assemelham muito o tradicional cartoon 2D. Não apenas isso, mas o modo que ele se comporta, a condução da narrativa, um herói jovem, são elementos envolventes dentro da trama, o que me lembrou muito a série de animação “Young Justice”.

Enfim, “Azureus Rising” nasceu da proposta de ser a prova de conceito para um longa-metragem animado, e um game também. Às vezes, é mais propício demonstrar onde pretendemos chegar, e isso se tornar um excelente ponto de partida, facilitando a trajetória a ser seguida. A confirmação disso são os diversos prêmios recebidos em 2010 – quando ocorreu o seu lançamento – o que geraram um grande incentivo pela idéia apresentada. Segundo a fanpage do Facebook, a etapa a ser seguida consiste no desenvolvimento do game e filmes, sendo um projeto trans-media, no entanto, faz tempo que não temos notícias sobre o andamento do projeto, o que é uma pena.

Wagner Regis

Wagner Regis

Designer Gráfico por formação e Pós-Graduado em Jogos Digitais (UP). É co-fundador do estúdio de animação "Make Toons", professor na Universidade Positivo, e feliz por gostar do que faz.

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