The Old Man and the Sea

Por Wagner Regis

Quando pensamos em animação o que vêm a nossa cabeça? 3D, lápis de cor, massinha…? Não precisamos nos conter naquilo que é chamado, de método comum, para produzir algo. Tanto que muitas vezes, a própria stop-motion pode ser feita de inúmeras maneiras. O que comentamos hoje, não necessáriamente se trata disso, mas faz parte do uso da técnica.

“O Velho e o Mar”, produzido pelo animador russo Aleksandr Konstantinovich Petrov, nos leva a um caminho diferente da produção animada. Em meio a pinceladas de tinta a óleo, o diretor cria a cenas ilustradas, e graças a característica do material, o qual o líquido pigmentado demora a secar, começa a trabalhar o movimento sobre ela, ou seja, ao finalizar uma cena é feito o registro fotográfico para então alterar a pintura e realizar o próximo registro. A obra inspirada no romance de Ernest Hemingway, relata a história de um velho pescador que fica 3 meses sem pegar algum peixe, até que incentivado pelo jovem amigo, Manolín, arrisca mais uma vez.

Para realizar a técnica de tinta óleo é dito ter “a precisão de um relojoeiro, a resistência de um maratonista, a concentração de um matemático, e a visão de um artista”. Petrov, teve como retorno o Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação, em 2000, merecidamente. Desse modo, o que vemos, que uma pessoa interessada em animação que pode, outrora, dominar alguma técnica seja ela ilustrativa, fotografica, ou artística, é capaz de usar essas ferramantas como diferencial e acabar se destacando, tornando-se referencia, basta apenas ousar na hora de se expressar.

Wagner Regis

Wagner Regis

Designer Gráfico por formação e Pós-Graduado em Jogos Digitais (UP). É co-fundador do estúdio de animação "Make Toons", professor na Universidade Positivo, e feliz por gostar do que faz.

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