Por que Waldemar Cordeiro é um cara tão legal?
Waldermar Cordeiro é um cara legal. Obras não estáticas e reflexivas geralmente recebem o sucinto adjetivo de “legal” porque abre a cabeça para coisas que você não pensa. Ou melhor, abre a sua cabeça e penetra dentro dela uma ideia nova e você não faz uma exata noção disso, mas sente que aquilo te acrescentou em algo. Com certeza você já foi em alguma exposição assim, em que você sentiu a obra de uma maneira diferente das demais. E, por algum motivo, as obras de Waldemar Cordeiro criam uma conexão impressionante. Aliar arte e tecnologia não é coisa recente, é dos meados dos anos 50, mas é algo que permanece muito interessante e curioso até hoje, mesmo após quedas de Muro de Berlim e fins de ditaduras e outras tantas coisas que vimos desde essa época.
O próprio artista define pintura como algo de uma era paleocibernética da história da arte. Essa sua faceta eletrônica, metálica e futurística (uma arte meio Jetsons até) tem um pouco a ver com suas ideologias de esquerda: Waldemar pensava que um país enorme como o Brasil construiria uma cultura e identidade nacional através e graças à comunicação eletrônica. Obviamente, sua arte teria algumas raízes formadas a partir de sua ideia. Também com seus ideais ele considerava que a arte eletrônica a tornaria mais humanizada e mais popular, mais democratizada e disponível a qualquer pessoa.
Sua arte é mecanizada, fria, racional e muito interessante. Porque a partir do momento em que o artista determina que sua arte é de tal maneira, é justamente para questionar ou aprofundar sobre o tema abordado. E em uma época mecanizada, fria e calculista, nem mesmo um beijo se salva 🙁
Comentários
Os comentários estão encerrados.